A Inteligência Artificial entrou de vez nas empresas — e, junto com a eficiência, trouxe um novo tipo de risco: o vazamento ou mau uso de dados. Quando colaboradores usam ferramentas como ChatGPT, Gemini ou Claude sem critérios, podem estar alimentando sistemas externos com informações estratégicas da empresa.
A solução não é bloquear o uso de IA. É governar o uso.
O risco está no detalhe
Muitos erros de segurança nascem de boas intenções: alguém cola um trecho de planilha confidencial para pedir “ajuda com uma fórmula” ou insere dados de clientes em um modelo generativo para “melhorar o texto de uma proposta”.
Sem perceber, esse dado pode ser processado fora do controle da organização e, em alguns casos, armazenado em servidores externos. Essas pequenas falhas corroem a base da governança corporativa, fragilizam contratos e afetam a reputação da marca.
Boas práticas de segurança no uso da IA
Classifique informações
Antes de usar IA, determine o que é público, interno e confidencial. Nenhum dado sensível deve ser inserido em ferramentas abertas.
Use contas corporativas e políticas de acesso
Prefira versões empresariais de IA, com autenticação e histórico controlado.
Crie diretrizes claras
Defina o que pode ou não ser compartilhado. Um manual curto e direto vale mais que um curso extenso.
Treine equipes para o risco digital
Ensine colaboradores a reconhecer o que é “dado sensível”. Informação estratégica, listas de clientes, valores contratuais e dados pessoais devem ficar fora de prompts.
Centralize o monitoramento
Crie uma célula de gestão empresarial voltada para uso ético e seguro da IA, em parceria com TI e compliance.
Atualize políticas de privacidade
Revise contratos e termos de uso para incluir práticas relacionadas à IA.
O papel da consultoria empresarial
Uma consultoria empresarial especializada pode ajudar a definir protocolos de segurança, auditar fluxos de informação e criar planos de resposta a incidentes. Mais do que proteger dados, trata-se de preservar desempenho nos negócios, evitando prejuízos financeiros e danos de imagem.
Segurança como cultura, não como proibição
Empresas maduras tratam segurança da informação como parte da cultura de governança corporativa, não como um obstáculo à inovação. A IA deve ser adotada com consciência e responsabilidade, integrando a tecnologia aos valores éticos da organização.
A segurança não se garante com medo, mas com clareza.
Proteger dados é proteger a inteligência da sua empresa.
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