Como a indústria de alimentos e bebidas pode implementar estratégias de ESG? Entenda essa relação e o panorama atual do país.

As iniciativas ESG promovem na empresa uma série de práticas relacionadas à governança, sustentabilidade ambiental e inclusão social. Afinal, é uma tendência que tem cada vez mais dominado a indústria de alimentos e está gerando impactos muito positivos ao setor.

Entenda melhor como está o avanço das estratégias de ESG no setor de alimentos e de bebidas no Brasil! Além disso, quais têm sido as principais iniciativas recomendadas.

Como está o panorama das estratégias de  ESG na indústria de alimentos?

Segundo a ABIA (Associação Brasileira da Indústria de Alimentos), o setor é responsável por 10,6% do PIB do Brasil, gerando mais de 1,72 milhão de vagas de empregos diretos e formais. Dessa forma, sendo a maior indústria do país, os investimentos em ESG têm aumentado em larga escala.

Apenas para ter uma ideia, em entrevista à Exame, João Dornellas, presidente da ABIA, afirmou que o volume de aplicação nesse tipo de investimento chegou a 0,8% do faturamento médio anual de 2020, o que representou R$ 6 bilhões. Sendo assim, esse valor é igual a 27% do volume total dos investimentos feitos pela indústria de alimentos.

Em termos de sustentabilidade, as empresas estão em níveis diferentes de maturidade. Dessa forma, seja pela pressão dos consumidores, seja pelos novos critérios adotados pelos investidores. Afinal, trabalhar com ESG é investir também na reputação da marca.

Como usar as iniciativas ESG na indústria de alimentos?

A adoção de estratégias ESG na indústria de alimentos é marcada por diversas iniciativas, direcionadas ao uso consciente dos recursos naturais, à gestão de resíduos e a projetos sociais de apoio a comunidades locais. Entenda melhor esse movimento.

Economia circular

Já faz tempo que a indústria de alimentos e bebidas mantém projetos para reutilizar e destinar corretamente os resíduos. Por isso, algumas iniciativas incluem:

  • uso de garrafas retornáveis;
  • redução de plástico em garrafas de água;
  • produção de embalagens biodegradáveis.

Um exemplo prático foi criado pela Cargill, ligada aos óleos LIZA. O projeto usava um sistema de logística reversa para coletar óleos e gorduras vegetais usadas. Para isso, foram criados mais de 1.400 pontos de coleta em 17 estados, além do Distrito Federal.

Redução na emissão de carbono (Baixo Carbono)

A indústria de alimentos é conhecida como um dos setores que menos gera poluentes. Além disso, diversas iniciativas espalhadas pelo Brasil contribuem para que a matriz energética do segmento seja uma das mais limpas do país.

Algumas das técnicas que têm sido empregadas no campo são a rotação de culturas, melhoramento genético e plantio direto. Também, uma gestão mais controlada do consumo de água e a redução na aplicação de fertilizantes.

Uso consciente de água

A água é um dos recursos mais importantes da indústria. Por isso, é importante desenvolver tecnologias e métodos para reduzir o impacto nos recursos hídricos. Uma dessas iniciativas é a reutilização.

A PepsiCo, por exemplo, definiu um compromisso de abastecer toda a água que é consumida em seus processos. Dessa forma, em Itu (São Paulo), a fábrica já é capaz de reaproveitar a água e já recuperou, até 2020, cerca de 162 milhões de metros cúbicos.

As iniciativas ESG estão espalhadas de diferentes modos por diversas indústrias do setor de alimentos e bebidas. Sendo assim, as empresas que não buscam melhorias nesse sentido, podem perder valor de mercado, investimento e relevância aos olhos do público.

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